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Desinformação ainda é o maior fator de risco para o câncer de cabeça e pescoço

  • 5 min de leitura

Entre os dez tipos de câncer mais comuns no mundo, os de cabeça e pescoço ocupam o sexto lugar. Uma estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), aponta que para o triênio 2023/2025 devem existir 40 mil novos casos desse tipo de câncer no país

 

Hoje, 27 de julho, é Dia Mundial da Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, e a desinformação e a falta de conhecimento sobre os sintomas da doença estão entre os principais problemas para a descoberta tardia do diagnóstico. Segundo o médico Kauê Carvalho Moura, cirurgião com atuação no Centro de Alta Complexidade em Saúde, em Cubatão, é imprescindível que a população esteja ciente dos sintomas e dos principais fatores de risco envolvidos. “Muitas pessoas desconhecem os sinais e sintomas iniciais associados ao câncer de cabeça e pescoço e, infelizmente, quando procuram por um especialista já estão em estágio avançado da doença”, afirma.

 

“O câncer de cabeça e pescoço é uma denominação mais genérica da doença que pode se desenvolver em regiões como boca, faringe, laringe, nariz, seios paranasais, nasofaringe, base do crânio, tireoide, paratireoide, glândulas salivares, couro cabeludo e pele do rosto e do pescoço”, explica Dr. Kauê Carvalho Moura.

 

O Centro de Alta Complexidade em Saúde é a principal referência em Cubatão, bem como para outras cidades da Baixada Santista, no atendimento clínico e cirúrgico em oncologia nas especialidades cabeça e pescoço, nefrologia e de terapia renal substitutiva. A unidade é administrada pela Sociedade Brasileira Caminho de Damasco (SBCD), por meio de contrato de gestão com a Prefeitura de Cubatão,e atende a população gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

 

Neste ano, no período entre março e junho, apenas na especialidade cabeça e pescoço, o Centro de Alta Complexidade realizou 95 consultas ambulatoriais, seis cirurgias e 17 sessões de quimioterapia. Os casos mais comuns atendidos envolvem os cânceres de laringe, tireoide e parótida.

 

A descoberta da doença

 

Em 2021, Lucas Moraes dos Santos, de 29 anos, descobriu estar com Sarcoma de Kaposi, um tipo de câncer na região nasal e palato mole, que fica atrás da boca.Lucas, que atua como secretário de imobiliária, iniciou o tratamento quimioterápico no mesmo ano, após sofrer uma convulsão em casa. “Fui socorrido e levado para o hospital, onde fui diagnosticado com o câncer e encaminhado para o Centro de Alta Complexidade, em Cubatão”, relata.

 

Após passar por dez sessões de quimioterapia, Lucas está atualmente em acompanhamento ambulatorial, e periodicamente realiza exames laboratoriais e de imagem para confirmar a regressão do câncer.“O

atendimento foi excelente e fazer esse tratamento pelo SUS me ajudou muito, pois era inviável financeiramente se fosse necessário pagar. Saber que temos esse serviço aqui na região é importante para todos que precisam recebem uma assistência de qualidade e humanizada”, diz.

 

Sintomas, fatores de risco e prevenção

 

Segundo o médico cirurgião, entre os principais fatores de risco estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a exposição solar desprotegida. O profissional reforça que é “fundamental que a população esteja atenta aos sintomas, como manchas brancas ou avermelhadas na boca, lesões na cavidade oral que não cicatrizam em até 15 dias, dificuldade para engolir e aparecimento de nódulos na região do pescoço”.

 

Dr. Kauê Carvalho Moura ainda aponta que, caso a pessoa tenha algum desses sintomas, ela deve procurar um cirurgião de cabeça e pescoço para ser examinada e, nos casos de diagnóstico positivo, seja iniciado o tratamento precocemente.“Para a prevenção é sempre importante manter hábitos saudáveis, cuidar da alimentação, realizar atividade física regular, manter a higiene bucal em dia, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e usar protetor solar. Não fumar é fundamental para evitar a maioria dos cânceres de boca, faringe e laringe”, ressalta Moura.

 

O Centro de Alta Complexidade atende os casos de câncer de cabeça e pescoço mediante a regulação do município, garantindo que os usuários recebam o tratamento adequado e personalizado para cada caso. Para mais informações e agendamento de consultas, entre em contato com a Central de Regulação do município, que funciona dentro do Hospital.

 

Colaboração: Assessoria de Comunicação Sociedade Brasileira Caminho de Damasco

YouTube: Freepik

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