Alunos da rede pública de ensino de Cubatão podem assistir ao Teatro Cego


Na peça, que acontece completamente no escuro, o público é convidado a abdicar da visão e a compreender a trama por meio dos outros sentidos com aromas, música e sensações táteis

Alunos da rede pública de Cubatão terão a oportunidade de assistir, pela primeira vez, uma produção do Teatro Cego. Nesse formato, a peça acontece completamente no escuro e a plateia é distribuída em cadeiras que intercalam cenários e objetos de cena. Por meio da arte e do entretenimento, o espetáculo proporciona uma experiência única ao público, num exercício de empatia, convidando-o a abdicar da visão e a compreender a trama por seus outros sentidos (olfato, paladar, tato e audição), por meio de aromas, música e sensações táteis.

As apresentações da peça “Clarear – Somos todos diferentes” acontecem na Estação das Artes (Av. Nove de Abril, 2.800), nos dias 5, 6 e 7 de junho, com duas sessões por dia, às 10h e 15h30, com 80 espectadores por sessão. Os ingressos para a peça teatral serão gratuitos e distribuídos exclusivamente para escolas públicas do município. Além disso, será disponibilizado transporte e lanche para todos os jovens participantes.

Por meio do apoio da Secretaria Municipal de Educação de Cubatão, no dia 5, a peça será assistida pelos estudantes da UME Padre José de Anchieta e da UME Rui Barbosa. No dia 6, será a vez dos alunos da UME Ulysses Guimarães e da UME Padre Manoel da Nóbrega. E no dia 7, da UME João Ramalho e UME Bernardo José Maria de Lorena.

Nessa montagem, com direção de Paulo Palado, além das experiências sensoriais, o tema também é totalmente voltado para a questão da integração e da inclusão social. Cinco jovens dividem a mesma república. Uma deficiente visual, um deficiente auditivo, uma cadeirante, um argentino e uma torcedora fanática de um pequeno time local (em cada cidade será nomeado o time para qual ela torce). “É uma peça leve e bem-humorada que vai mexer com a sensibilidade dos alunos”, destaca o diretor.

A trama mostra a superação de dificuldades de comunicação e convivência, por meio da sinergia da amizade, em um espetáculo de 40 minutos que conquista a plateia com um paradoxo entre a complexidade e a simplicidade do tema. O texto é de Sara Bentes e o elenco é composto por Luma Sanches, Ghell Silva e Paulo Palado.

“O projeto ‘Clarear Pra a Juventude’ é muito mais do que simplesmente uma temporada de um espetáculo teatral. O objetivo do projeto é criar um verdadeiro ciclo social e cultural, organizando debates com o intuito de discutir com o público presente nas apresentações teatrais, soluções para questões como acessibilidade e inclusão social”, destaca o diretor da peça.

No local das apresentações, os jovens serão recepcionados por monitores e após cada uma das apresentações, também na completa escuridão, poderão assistir a uma palestra, seguida de uma roda de conversa. Durante o bate-papo, o público, privado da visão, será convidado a discutir com os artistas e produtores do espetáculo questões como a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, acessibilidade em locais públicos para cegos, deficientes auditivos e cadeirantes, políticas públicas voltadas ao bem-estar de pessoas com deficiência, etc.

“O propósito é fazer com que surjam, pelos desses debates, novas ideias e possibilidades que possam vir a ser colocadas em prática, com o intuito de criar novas expectativas e possibilidades às pessoas com deficiências”, destaca Paulo.

Ao final da peça, cada aluno receberá um gibi em quadrinhos com temas explanados no espetáculo. Os professores também receberão uma cartilha que abrange a questão da acessibilidade e inclusão social a portadores de deficiência, para posterior discussão em sala de aula, enriquecendo ainda mais o tema proposto.

Sobre o Teatro Cego – Desde 2012, a C-Três Projetos Culturais vem desenvolvendo o Teatro Cego, um formato teatral onde a peça acontece completamente no escuro, proporcionando, através da arte e do entretenimento, uma experiência única ao público, convidando-o a abdicar da visão e a compreender a trama através de seus outros sentidos (olfato, paladar, tato e audição), utilizando-se de aromas, música e sensações táteis.

A peça teatral tem em seu elenco atores com deficiência visual, cumprindo, assim, um papel social através da arte. Porém, para que haja uma integração, o elenco nunca é formado só por atores com deficiência visual. Os espetáculos ”O Grande Viúvo”, ”Acorda, Amor!” e ”Um Outro Olhar” emocionaram espectadores em vários teatros do Brasil e tornaram-se grandes sucessos de público e de crítica. Saiba mais em www.teatrocego.com.br

Por: Secom Cubatão com informações de Divulgação Teatro Cego/Elo Comunicação
Fotos: Divulgação

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