Coronavírus: pandemia desacelera em Cubatão

Vigilância Epidemiológica registra queda de novos casos, óbitos e positividade de exames; números permitem reduzir leitos covid e estrutura provisória do Pronto-Socorro

O mês de julho foi de desaceleração da covid-19 em Cubatão, com redução do número de novos casos, positividade e óbitos. Os números foram apresentados pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE) durante reunião ordinária do Comitê Estratégico Municipal na quarta-feira (26). Os dados de agosto, ainda em consolidação, confirmam a tendência.
Com menos de 20 confirmações diárias de casos por início de sintomas, o período entre o final de julho e o começo de agosto contrasta com a marca de 120 casos em 1° de junho. Os números se referem a testes tipo PCR.
Também aponta para a desaceleração da pandemia em Cubatão a relação entre casos positivos e testes tipo PCR realizados. Na semana entre 9 e 15 de agosto esse número foi a 10%, isto é: 10 resultados positivos a cada 100 testes realizados. Esse índice esteve acima de 70% entre 10 de maio e 13 de junho, caindo gradativamente em seguida.
Outro contraste é o número de óbitos. Foram 2 entre 26 de julho e 1º de agosto e outros 2 na semana seguinte (2 a 8). No pior momento da pandemia, em maio, ocorreram 19 mortes entre os dias 17 e 23 e 22 mortes na semana de 24 a 30.
Mais detalhes – Em relação aos novos casos, a média móvel (média de casos atualizada dia a dia) apresenta declínio desde a segunda quinzena de junho, após um platô que durou as duas primeiras semanas do mês. Durante o platô, cerca de 70 pessoas por dia apresentavam sintomas relacionados à covid, seguidos de confirmação, com picos de mais 120 pessoas com início de sintomas em 1º de junho (como registrado acima) e cerca de 100 pessoas entre 8 e 15 de junho.
A partir desse momento, inicia-se uma queda que se acentua ao longo de julho chegando ao final do mês com menos de 20 confirmações por dia, o que é verificado até o dia 15 de agosto. A curva segue em queda em direção ao fim do mês, com a ressalva de que os números das duas últimas semanas ainda não estão consolidados.
Positividade – A relação entre o número de positivos e o total de testes tipo PCR realizados teve o maior patamar entre 10 de maio e 13 de junho. Em um primeiro momento desse período, até 30 de maio, foram realizados em média 500 testes tipo PCR por semana na cidade, sendo que a positividade ficou em 77% entre os dias 10 e 16, 73% entre os dias 17 e 23 e 74% entre os dias 24 e 30.
Na quinzena seguinte o número de exames realizados por semana passou de 700, o auge durante toda a pandemia, com 71% de positivos entre 31 de maio e 6 de junho e 72% de positivos entre 7 e 13 de junho.
A procura por exames continuou na faixa de 700 durante a semana seguinte, 14 a 20 de junho, porém com a positividade caindo de patamar, 61%. Nas duas semanas seguintes, com redução da procura (média de menos de 600 testes realizados), o índice continuou em queda: 53% entre os dias 21 e 27 de junho e 47% entre 28 de junho e 4 de julho.
O mês de julho confirma a queda tanto na realização de exames quanto na positividade. Devido à redução da procura, a semana de 5 a 11 de julho contou com cerca de 400 testes realizados, com positividade de 34%. Entre os dias 12 e 18, a positividade chegou a 37%, voltando a cair nas semanas seguintes: 32% entre os dias 19 e 25; 24% entre 26 de julho e 1º de agosto; 19% entre 2 e 8 de agosto e 10% entre 9 e 15 de agosto.
Óbitos – A evolução dos casos de óbitos segue a mesma tendência, com o maior número de ocorrências registrado nas duas últimas semanas de maio: 22 mortes entre 24 e 30 de maio e 19 mortes na semana anterior.
Houve um pequeno decréscimo ao longo de junho: 14 óbitos entre 31 de maio e 6 de junho; 18 entre 7 e 13 de junho; 16 entre os dias 14 e 20; 13 entre os dias 21 e 27; e 12 entre 28 de junho e 4 de julho.
Ao longo de julho, o número de óbitos por semana recua ainda mais: 9 entre os dias 5 e 11; 5 entre os dias 12 e 18; 9 entre os dias 19 e 25; e 2 entre 26 de julho e 1º de agosto. De 2 a 8 de agosto ocorreram 2 óbitos e na semana seguinte (9 a 15) 1 óbito. As duas semanas mais recentes, ainda sem consolidação dos dados, têm os seguintes números: 1 óbito entre 16 e 22 de agosto e 4 óbitos na semana corrente (até 27 de agosto).
Leitos – A desaceleração da pandemia em Cubatão, principalmente graças à consolidação dos números de julho, já havia sido atestada na reunião do Comitê Municipal de 12 de agosto, quando foram definidas as primeiras medidas de desmobilização, com a desmontagem de parte da estrutura provisória do Pronto Socorro, bem como a redução de leitos covid pelo SUS, passando de 33 para 15 leitos clínicos e de 20 para 15 leitos de UTI no Hospital Municipal de Cubatão que conta, ainda, com leitos de convênio. A decisão foi tomada com uma margem de conforto (hoje, 28 de agosto, a UTI mantém 5 pacientes), sem contar que o município conta ainda com a retaguarda dos hospitais regionais de referência para a doença.
 

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