Cubatão dá início ao processo para pleitear candidatura à Rede de Cidades Criativas da Unesco


A ideia é qualificar o município como território criativo

Nesta quarta-feira (24) Cubatão deu o pontapé inicial no processo que visa, futuramente, pleitear sua candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Para isso, o município iniciou processo de mentoria especializada para elaboração de um plano de desenvolvimento participativo de economia criativa, capitaneado pela Prefeitura Municipal via Secretaria Municipal de Cultura (Secult).

Um grupo de trabalho (GT) foi formado, a princípio com atores do poder público, e irá se reunir periodicamente com André Martinez, consultor designado pelo Governo do Estado no âmbito do projeto ‘CRIA SP/Juntos pela Cultura’, responsável por aplicar a mentoria à gestão municipal. Cubatão foi selecionada para receber a capacitação por conta das evidências dos ativos criativos da cidade.

O trabalho será desenvolvido com base na metodologia recomendada pela UNESCO para o planejamento e processo de desenvolvimento urbano sustentável centrado na criatividade, que é a mesma metodologia aplicada na qualificação e seleção dos municípios que pleiteam participar da Rede de Cidades Criativas.

Nesse projeto que inicia em Cubatão, minuciosa cartografia será elaborada reunindo informações sobre patrimônio, associações, entidades, instituições, grupos, espaços, eventos, fazedores de cultura, e tudo que possa demonstrar o potencial da cidade para o desenvolvimento a partir da criatividade. Os dados servirão de base para construção de um Plano de Desenvolvimento em Economia Criativa e preenchimento de relatórios. Futuramente, os documentos serão avaliados pela UNESCO e poderão garantir uma carta de endosso à candidatura de Cubatão à vaga de Polo Mundial de Cidade Criativa.

“A ideia é qualificar o ecossistema criativo de Cubatão sempre de maneira colaborativa. Articular e mobilizar os atores de diversas áreas do fazer cultural, impulsionando a cidade a desenvolver a economia criativa de maneira profunda e eficaz”, afirmou Martinez no primeiro encontro do GT.

“Diversas atividades devem ser realizadas ao longo deste ano para gerar mais engajamento junto à comunidade cultural, garantindo uma visão ampla do que é o desenvolvimento urbano sustentável por meio da economia criativa”, garante Juliana Sousa, ponto focal da Secult neste processo, representando o secretário municipal de Cultura, Zeca Rodrigues.

Ainda de acordo com Sousa, em meados de setembro deve ocorrer evento de lançamento da pedra fundamental da mentoria e de elaboração do Plano de Desenvolvimento em Economia Criativa.

Rede Cidades Criativas – Criada em 2004, tem por objetivo favorecer a cooperação entre cidades que consideram a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento sustentável, em seus aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais. As cidades que aderem à Rede comprometem-se a compartilhar boas práticas e a desenvolver parcerias para promover as indústrias da cultura e da criatividade no âmbito de seus planos de desenvolvimento urbano.

Atualmente, a Rede é composta por 295 cidades em 90 países, em sete áreas criativas: artesanato e arte folclórica, design, cinema, gastronomia, literatura, mídia e música. No Brasil, 12 cidades fazem parte da Rede da Unesco: Belém (PA), Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belo Horizonte (MG), no campo da gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), em design; João Pessoa (PB), em artesanato e artes populares; Salvador (BA) e Recife (PE), na música; Santos (SP), no cinema; e Campina Grande (PB), em artes midiáticas.

Fotos: Morgana Monteiro / Divulgação PMC

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