Quem são as centenas famílias que vivem na estreita faixa de menos de um quilômetro e meio entre a via férrea que corre ao longo da Avenida Tancredo de Almeida Neves e o rio Casqueiro, em Cubatão? Respostas a essa e outras perguntas devem nortear o desenvolvimento e a execução de políticas públicas para os habitantes dessa ocupação irregular.
Os dados serão apresentados no próximo dia 22, às 10 horas, no gabinete do prefeito Ademário de Oliveira. Trata-se do resultado de um minucioso trabalho de pesquisa socioeconômica e cadastramento dos imóveis realizado ao longo dos últimos meses.
“Atualizamos os dados de todas as construções, mapeando por setor, quadra e lote”, informou a secretária de Habitação, Andrea Maria de Castro, detalhando que o levantamento especifica a finalidade de cada edificação (casa, comércio, uso misto, igreja, escola, fins institucionais etc) além do tipo de estrutura (alvenaria, barraco, palafita…).
Planejamento – A pesquisa atualiza não só o número de famílias, mas também quem são e como vivem. “Elaboramos o perfil da população da vila. Qual o nível de escolaridade e renda, quem são os chefes de família, número de adultos e crianças em fase escolar… Além disso, como são as moradias: se há ligação de energia elétrica e abastecimento de água, número de cômodos, material empregado na construção etc”, pormenorizou Andrea Castro.
A secretária frisou que esse trabalho é imprescindível para definir a diretriz de urbanização. “Com esses dados, os arquitetos podem planejar a urbanização visando à consolidação do núcleo e também à concepção de futuras intervenções”.
A pesquisa será útil para a Habitação e também para as demais secretarias do Município, tais como Educação, Planejamento, Saúde e Assistência Social. “A informação é fonte de toda política pública. Antes de executar, você tem de traçar um diagnóstico; conhecer quem é a população para quem está sendo proposta essa política”.
Apresentação dos dados coletados, inclusive com imagens captadas por drones, deve ter a participação de representantes de concessionárias de serviços públicos. “O levantamento inclui até mesmo o número de animais de estimação em cada residência”, finalizou Andrea.