A Prefeitura de Cubatão, por meio da Secretaria Municipal da Mulher e dos Direitos Humanos, realizou nesta quarta-feira (2) a roda de conversa “Vozes com Orgulho”, no Bloco Cultural. O evento, em alusão ao Mês do Orgulho das Diversidades, teve como objetivo ampliar o debate sobre o respeito às singularidades e a inclusão no serviço público, buscando a promoção de ambientes mais acolhedores e igualitários para munícipes e servidores.
O encontro teve início com uma palestra de Bruno Ribeiro, chefe de Serviço de Atendimento Habitacional da Prefeitura, que trouxe ao público conceitos fundamentais sobre gênero, sexualidade, identidade e o uso do nome social, tema que norteou grande parte das discussões.
Na sequência, a influenciadora Mirella Souza conduziu a roda de conversa e apresentou os cinco convidados que compartilharam vivências e diferentes pontos de vista sobre diversidade e inclusão: Tatiane Miyake, coordenadora de Políticas para Diversidade da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos de Santos; Mayara Natale, suplente da presidência da Associação Brasileira de Intersexo (ABRAI); Ben Morais e Zad de Oliveira, representantes do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT); e Paloma Paula, presidente do Conselho Municipal de Políticas LGBT de São Vicente.
Durante sua fala, Tatiane Miyake destacou a importância do uso do nome social no serviço público como forma de acolhimento e garantia de direitos. “Quando o serviço público reconhece o nome social, ele deixa de excluir e passa a incluir. Isso dá dignidade e encoraja as pessoas trans e travestis a acessarem os seus direitos”, afirmou.
Já Ben Morais reforçou a necessidade de articulação entre os diferentes setores da administração pública para garantir a efetividade das políticas de inclusão. “A inclusão não pode ser tarefa de uma única secretaria. É preciso que todas as pastas dialoguem e atuem de forma conjunta para transformar a realidade das pessoas LGBTQIAPN+”.
A secretária da Mulher e dos Direitos Humanos de Cubatão, Jaque Barbosa, encerrou o encontro reforçando o compromisso da administração pública com a construção de políticas baseadas no diálogo e na escuta ativa da população. “Respeito e inclusão são princípios que norteiam o trabalho da Secretaria da Mulher. Só com escuta e debates como esse conseguimos desenvolver políticas que realmente atendam quem precisa”, declarou.
Respeitar o nome social É LEI – Além de um ato de cidadania, o respeito ao nome social é um direito garantido pelo Decreto Federal n° 8727/2016. O desrespeito pode configurar crime de transfobia.
Texto: Secom Cubatão/IS
Imagens: Secom Cubatão