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Cubatão abriga Exposição ‘Afonso Schmidt 135 Anos’: abertura foi hoje (26)

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Foi aberta na manhã desta quinta (26) a Exposição ‘Afonso Schmidt 135 Anos’. Realizada no Saguão do Paço Municipal, a solenidade contou com presença de várias autoridades representantes do meio artístico da cidade. A exposição realizada pelo Grupo Tribuna tem apoio da Prefeitura de Cubatão via Secretaria de Cultura.  A mostra reúne crônicas escritas por Schmidt e publicadas entre 1930 e 1950 no Jornal A Tribuna, itens pessoais do artista, livros publicados e linha do tempo recontando a história da vida e obra do escritor. A curadoria dos artigos e seleção de fotos é de Douglas Gadelha Sá, cubatense, professor de filosofia, ensaísta e cineasta.

Para César Nascimento, prefeito de Cubatão, “falar de Afonso Schmidt é falar da própria alma de Cubatão. Desde criança, na escola, escutava sobre sua importância para o município. Era como se ele fosse um guardião das nossas memórias, alguém que transformava as ruas da cidade, os gestos do povo e até as cores da ‘aleluia’ na Serra do Mar. Os textos que escreveu para o jornal A Tribuna são um patrimônio afetivo e cultural. Ele soube retratar com delicadeza e profundidade uma época romântica de Cubatão, da Baixada e do Brasil. Cada texto era uma fotografia em palavras, uma cápsula do tempo que hoje nos ajuda a compreender quem fomos e o que nos formou”, disse.

A vice-prefeita Andrea Castro enalteceu a realização do evento e ressaltou que “a Cultura voltou a florescer na nossa cidade, são eventos por todos os lados. Isso é fruto de uma  política de responsabilidade fiscal da Administração que permitiu darmos esse olhar especial também na área cultural”. Quanto à exposição, enfatizou que “é uma demonstração da nossa gratidão e do reconhecimento àquele que, mesmo tendo conhecido o Brasil e o mundo, nunca se esqueceu das suas origens. E isso é que nos deixa mais gratos ainda. A suas obras falam por si só, e fazer essa mostra dentro da Semana, que é dedicada a ele, ganha um significado ainda mais especial”, disse Andrea.

Importante ressaltar que a exposição é um trabalho conjunto do curador Douglas Gadelha e conta com acervo do Arquivo Histórico da Prefeitura de Cubatão e da Biblioteca Central, com trabalho incansável de Patrícia Mussi, Chefe da Divisão de Bibliotecas e Arquivo Histórico e de Angélica Peralta, bibliotecária da cidade, além de textos críticos de apoio do escritor cubatense Márcio Gregório Sá. O secretário de Cultura Omar Bermedo disse que “lembrar da trajetória de Afonso Schmidt é resgatar a memória daquele que representou a cidade não só na região, mas que rompeu fronteiras. Isso é uma missão que a Cultura faz com satisfação e emoção. O meio artístico se sente representado nessa figura histórica para a cidade e para a arte”.

Para a  jornalista Arminda Augusto, gerente de Relações Institucionais do Grupo Tribuna, o evento é muito mais do que uma exposição de crônicas, pois é algo que convida as pessoas a lerem e conhecerem a história do autor. “São textos que aparentam ser atuais, nem parece que foram escritos nos anos 30 ou 40, sem contar o contexto e qualidade das demais obras. De fato, o povo cubatense tem que se orgulhar por ser muito além de uma cidade industrial. Ter um artista reconhecido na história, escritor renomado, jornalista de sucesso e exemplo de dramaturgo, sempre colocando a sua cidade natal como referência e fazer isso com orgulho, realmente é digno dessa exposição e de muito mais”, ressaltou Arminda.

A mostra permanece em Cubatão até dia 4 de julho, com visitação das 8h às 17h no Saguão do Paço (Praça dos Emancipadores, s/nº) e depois também será realizada na Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, de 1º a 13 de julho.

Breve Histórico de Afonso Schmidt – Nasceu em Cubatão, mas se tornou um cidadão do Brasil e do mundo. Em meados de 1906, como todo bom cubatense àquela época, trabalhou na construção da Linha Férrea Santos/Jundiaí. Ficou conhecido como um homem das letras. Em uma de suas “desventuras”, acabou desbravando a Europa com pouco mais que a roupa do corpo e ajuda financeira de seus pais, de empregos temporários e amigos do lado de cá do continente. Voltando das terras do velho mundo ao Brasil, suas experiências lhe concederam uma gama de repertório, culminando na fundação de diversos jornais e cadeiras em tradicionais periódicos como Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e, em Santos, A Tribuna e a Folha da Noite. Suas obras reúnem mais de 40 livros autorais, sendo também um dos pioneiros a escrever para o gênero de ficção científica. Além disso, criou diversas publicações, algumas a favor da causa operária. Por fim, ele ainda foi sócio fundador do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo.

Afonso Schmidt é patrono da cadeira 138 do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, foi premiado pela Academia Brasileira de Letras e foi membro da Academia Paulista de Letras. Antes disso, como poeta e crítico ferrenho do fascismo e clericalismo, o ilustre filho de Cubatão colecionou comendas como o prêmio da revista O Cruzeiro, em 1950. Em 1963 recebeu como prêmio intelectual do ano o Troféu Juca Pato.

 

Por: Secom Cubatão/IP
Fotos: Divulgação PMC

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