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Maioria dos animais em tratamento no Ceptas Unimonte é vítima de tráfico e vem da Mata Atlântica

  • 4 min de leitura

Unidade referência na região trata e devolve espécies à natureza

 
A maioria dos animais que estão em tratamento no Ceptas Unimonte (Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens), em Cubatão, é vítima do tráfico e provenientes da Mata Atlântica. A informação serve de alerta, já que nesta quinta-feira (27) é o Dia Nacional da Mata Atlântica, criado com o objetivo de sensibilizar a população para a preservação deste bioma, que é um dos mais antigos e ameaçados do Brasil.
“Infelizmente, a maioria dos animais que recebemos aqui são vítimas do tráfico e de atropelamentos ou colisão com veículos na estrada, ou seja, seu estado está relacionado com a ação e a proximidade do ser humano”, destaca a veterinária Roberta Guimarães, do Ceptas, unidade mantida no Parque Cotia-Pará, em Cubatão, pela São Judas – Unimonte, em parceria com a Prefeitura de Cubatão.
Atualmente, encontram-se em tratamento no espaço cerca de 80 animais, entre pássaros, papagaios, jabutis, cágados e macacos. Eles chegam por meio das apreensões da Polícia Ambiental. Poucos casos são de entrega voluntária quando o munícipe entra em contato com a autoridade ambiental.
Roberta explica que quando ocorrem chuvas e ventos fortes na região o Ceptas recebe também rolinhas e pequenas aves que caem dos ninhos. “É importante ressaltar que não fazemos resgate. Recebemos, tratamos e cuidamos do animal até a sua destinação.
Nosso objetivo é sempre a soltura da espécie para devolvê-la à vida livre, mas nem sempre isso é possível”. No último mês, 42 animais foram encaminhados para soltura. “Isso sempre nos deixa muito felizes e motivados”.
Sequelas – Dependendo do que aconteceu com o animal, ele fica com sequelas que o impedem de sobreviver no seu habitat natural, de caçar ou de se defender dos predadores. Nestas situações, o Ceptas faz a busca por vagas em instituições, como zoológicos e mantenedores, onde os animais possam ter uma vida digna fora da natureza. “Nem sempre é fácil, porque muitos lugares estão superlotados”.
Quando achar um animal silvestre, o procedimento correto é entrar em contato com a Polícia Ambiental, Guarda Civil Municipal (GCM) ou Secretaria de Meio Ambiente, que sabem para onde cada espécie deve ser levada.
Se o resgate demorar, nunca medique o animal. Para saber qual o alimento certo, faça contato com um veterinário de animais silvestres. “Se for uma emergência, procure esse profissional também”, ensina Roberta.
Mata Atlântica – Recordista mundial em biodiversidade, a Mata Atlântica é uma floresta tropical que está entre uma das mais ameaçadas do planeta, com 8,5% de sua área original sobrevivendo na região mais desenvolvida e ocupada do país. Ela ocupa 17 estados brasileiros, além do Paraguai e da Argentina, e caracteriza-se por variados tipos de florestas, relevos e populações.
Ceptas – Ligado ao curso de Medicina Veterinária da São Judas – Unimonte, o Ceptas é referência no tratamento e na reabilitação de animais selvagens na Baixada Santista. Existe desde 2007 e, no Parque Cotia-Pará, em Cubatão, sua sede atual, funciona desde 2014, em parceria com a Prefeitura de Cubatão.
Sua proposta é de preservação das espécies e sua reinserção na natureza, sempre que possível, ou seu destino a organizações ambientais credenciadas.


Radiografia Ceptas
70% de aves
20% de répteis
10% mamíferos
99% provenientes da Mata Atlântica
 
Histórico dos animais

  1. Animais provenientes do tráfico
  2. Vítimas de atropelamento ou colisão com veículos
  3. Atacados por cães ou gatos
  4. Aves caídas dos ninhos após chuvas e ventos fortes

 
Texto: Assessoria de imprensa da Unimonte

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