Cubatão celebra o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para ‘Ainda estou aqui’ cuja premiação aconteceu na noite deste domingo (2), relembrando que Rubens Paiva dá nome ao viaduto que liga o Centro ao Jardim Casqueiro. Sim, Rubens Paiva interpretado por Selton Mello na película vencedora em que Fernanda Torres foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz por reviver Eunice Paiva, esposa de Rubens.
O equipamento, popularmente conhecido como ‘Viaduto do Casqueiro’, foi construído durante a ditadura militar e recebeu primeiramente o nome de ‘Viaduto 31 de Março’. À época, Cubatão era área de segurança nacional. O resgate histórico com a mudança do nome veio em 2010, quando batizado como ‘Viaduto Rubens Paiva’ por meio da lei estadual 14.039/2020, mudança solicitada pelo então deputado estadual Fausto Figueira, em 2009.
Vale lembrar que o novo viaduto que liga Casqueiro ao Centro, que possui a alça de acesso chamada de ‘Rabo do Dragão’, recebeu o mesmo nome, criando-se, assim, o Complexo Modal Rubens Paiva, formado pelo antigo e pelo novo viaduto, respectivamente, de entrada e saída do bairro por sobre a Via Anchieta.
Rubens Paiva – Era natural de Santos. Foi engenheiro civil, militante da política estudantil e eleito deputado federal pelo PTB em 1962. Teve o mandato casso com o golpe militar, se exilando na França e na então Iugoslávia. Após retornar ao Brasil, teve a casa invadida em 1971, no Rio de Janeiro, foi levado por desconhecidos, e dado como desaparecido. Acredita-se que tenha morrido após sessões de tortura, conforme relatos de médicos que atuavam no DOI-Codi. Só foi possível desvendar essa história após investigações da Comissão da Verdade criada durante o governo da ex-presidente Dilma Roussef, que apurou os crimes contra presos políticos durante a ditadura. A viúva de Rubens, Eunice Paiva, só recebeu o atestado de óbito do marido em 1996. O filme ‘Ainda estou aqui’ reconta esse triste capítulo político do Brasil e a coragem desta mulher singular.
Por: Secom Cubatão
Foto: Arquivo PMC