Conscientizar a sociedade sobre prevenção, diagnóstico e cuidados aos pacientes foi o foco do encontro que teve apoio da Secretaria de Saúde
O dia 21 setembro é o dia mundial do Alzheimer, data em que se ressalta a necessidade de defesa e conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, além do cuidado que deve ser prestado aos pacientes. Para marcar a data, o Grupo de Apoio Para Familiares de Cubatão ( Grupo Encarando Alzheimer) promoveu nesta quarta-feira (18) o III Evento do Dia do Alzheimer. Com apoio da , com apoio da Secretaria Municipal de Saúde, aconteceu no Bloco Cultural.
O foco principal do evento, segundo os organizadores, foi a conscientização dos cuidadores dos pacientes-familiares em sua maioria dando-lhes apoio e suporte técnico. Ele teve início com apresentação da cantora Regina Aureliano, do grupo Somente Ellas, seguida da saudação inicial aos participantes, feita por Angela Oliveira Andrade, coordenadora do Projeto Encarando Alzheimer.
“Este é um momento de reflexão não apenas quanto à doença, mas também sobre suas implicações na família e na sociedade . O Alzheimer é uma doença que não tem cura e, pelo menos a curto e médio prazos, não terá. É nosso dever, enquanto isso, preparar e conscientizar todos aqueles que têm de conviver com ela ”, disse Angela, Ela apresentou um histórico das origens do grupo , cujo embrião foram reuniões realizadas, em 2007, no Centro de Referência do Idoso, em Cubatão.
Palestras – A primeira palestra foi da biomédica Tamires Alves Sarno, que falou sobre as causas da doença. Disse que ela se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Tamires citou estatísticas da Organização Mundial da Saúde que revelam haver atualmente no mundo, 50 milhões de pessoas com algum tipo de demência, prevendo-se que serão 150 milhões em 2050 (no Brasil hoje chega a um milhão). “ O Alzheimer é a principal das demências”, disse.
A palestra seguinte esteve a cargo da geriatra Alcineide Correia, que falou sobre as diversas etapas da moléstia: fase inicial, leve e muito confundida com o envelhecimento normal, que pode contar com alguns pequenos esquecimentos; fase intermediária, moderada, em que os sintomas chamam mais a atenção e costumam ser vistos como um “alerta” aos familiares; fase grave, das dependências,em que os sintomas cerebrais pioram; e fase terminal, em que a pessoa já não apresenta mais nenhuma reação,com dependência plena até mesmo para se alimentar..
Ainda na parte da manhã, foram programadas as palestras “ DA: diagnóstico e estigma”, a cargo do cuidador familiar Elder Sandim e das psicólogas clínicas Janice Ventura Ribeiro e Izabelle Ferreira; e “Doença de Alzheimer: o papel da equipe interdisciplinar” pela equipe do Grupo de Apoio de Cubatão.
Tarde – À tarde, constou da programação apresentação do Coral Raízes da Serra e as palestras: “Situações de emergência”, com o enfermeiro e coordenador de enfermagem do Serviço de Atendimento Médico de Urgência ( SAMU) , Dagoberto José de Oliveira, e “ Terapias intensivas e cuidados paliativos”, com a fisioterapeuta Tamara Oliveira.
A doença – A doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometendo as atividades de vida diária e provocando alterações comportamentais. Essa doença afeta mais os idosos, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência na população com mais de 65 anos. A moléstia tem este nome por ter sido descrita pela primeira vez, em 1906, pelo psiquiatra e patologista alemão Alois Alzheimer.
Fotos: Marcus Cabaleiro
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