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Rios, manguezais e palavras: escritor leva a alma de Cubatão para a FLIP neste sábado (25)

Entre nuances da literatura, Marcio Gregório aborda a riqueza cultural da região em obra ‘Cordilheira dos Sonhos’
  • 3 min de leitura

Marcio Gregório Sá, escritor natural de Cubatão, está prestes a representar a cidade na 19ª edição da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty com o lançamento do livro ‘Cordilheira dos Sonhos’ (2023). A participação do artista ocorre neste sábado (25), às 13 horas, na Casa Gueto, localizada na Rua Benedito Telmo Coupê (antiga Rua Fresca), 277, no município de Paraty, no Rio de Janeiro.

Com título inspirado pela música ‘Os Povos’ (1972), de Milton Nascimento, a obra retrata a conexão profunda do autor com a Baixada Santista, sob a perspectiva de suas vivências como homem negro e periférico. Entre as 152 páginas, é tecido um tapete de contos que exploram a beleza intrínseca das cidades da região – e suas particularidades sociodemográficas. O lançamento do livro, viabilizado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) de São Paulo, é um marco na carreira de Marcio Gregório, embora a paixão pelas regras gramaticais e ortográficas não seja de hoje.

Escrevendo a própria história… literalmente! – A jornada literária de Gregório começou há 18 anos, em 2005, quando, ao se descobrir leitor, despertou o desejo de também ser escritor. O mergulho nas artes, como teatro e cinema, antecedeu sua imersão nas letras, consolidada em 2010 na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). De professor de Português a escritor, não é à toa o interesse em compartilhar experiências e ouvir pessoas. “Minha decisão leva em conta a necessidade de contar histórias com uma voz diferente, negra e periférica, proporcionando diversão e reflexão nos leitores”, relata.

Para sempre, Cubatão – Mesmo residindo atualmente em São Vicente, o escritor mantém um amor profundo por Cubatão, sua cidade natal. Essa ligação é evidente em cada linha de ‘Cordilheira de Sonhos’, onde explora a riqueza da atmosfera cubatense, como as divisas com a natureza, os mangues e a majestosa Serra do Mar, presentes na maioria dos 11 textos que compõem o livro. A obra ainda abrange diferentes épocas, desde o final do século XIX até os dias atuais.

O vínculo emocional com Cubatão na narrativa revela uma cidade que está além de ser um mero cenário; é um personagem vibrante, influenciando a jornada dos protagonistas. “Cordilheira de Sonhos materializa, de maneira resistente e satisfatória, um trabalho de anos de busca da minha escrita e pensamento sobre não só o que vivi nesses 37 anos, mas também minha leitura crítica sobre a vida em nossa região e país. Se a obra trouxer identificação e estranhamento nos leitores, está maravilhoso, mas espero confiante que esses relatos possam provocar emoções e ideias em nosso povo”, conclui.

Missão cumprida – Além do amor pela região, Marcio Gregório não esconde o orgulho pela oportunidade de participar da Festa Literária Internacional de Paraty, apoiado pela Editora Patuá. “2023 não poderia fechar em melhor estilo”, disse nas redes sociais. Após lançar o livro em Cubatão, Santos e São Vicente, a participação na FLIP é uma forma de levar voz e essência a um público mais amplo. Esse comprometimento emocional enriquece os contos e, também, a experiência literária da identidade de Cubatão.

Por: Renan da Paz/Estagiário Jornalismo
Foto: Acervo do artista

 

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