Núcleo ganhará 800 moradias na primeira fase do projeto
“Quando olhamos com nossos olhos, sentimos com o coração”, declarou o secretário estadual de Habitação, Flávio Amary, ao percorrer uma das inúmeras pinguelas que ziguezagueiam pelo manguezal da Vila Esperança, interligando um emaranhado de barracos. Ao lado do prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira, o secretário realizou visita técnica na área com sua equipe no início da tarde desta quinta-feira (10)
A primeira etapa do projeto de urbanização do núcleo prevê a construção de 800 moradias populares. A implantação de infraestrutura na área das futuras unidades habitacionais já começou.
“Estamos saindo do gabinete para conhecer a realidade dessas famílias”, disse Amary, anunciando o trabalho conjunto de técnicos da Prefeitura e do Estado para a concretização dos projetos. “Vamos realizar o sonho de muitas famílias, com segurança ambiental e patrimonial, e gerando empregos para a população. De acordo com a determinação do governador, João Doria, estamos olhando com carinho especial para as famílias da Vila Esperança”.
Antes de chegar a Cubatão, Flávio Amary iniciou a visita das áreas de palafitas por São Vicente e Santos; e encerrou o dia passando por Guarujá e Praia Grande. “Vistoriamos áreas com palafitas, regiões consolidadas e terrenos passíveis de construção. Temos de avaliar com as prefeituras qual o melhor caminho. Não existe uma solução única, já que os problemas são vários. Para cada área, um caminho específico: ou remoção, ou urbanização, ou regularização, ou a melhoria habitacional”.
O prefeito Ademário Oliveira salientou que além da melhoria da qualidade de vida das famílias, a construção das moradias populares garantirá a redução do lançamento de detritos nos rios e córregos que deságuam no mar. “As cidades da Região Metropolitana estão integradas. O mesmo estuário conecta os municípios. A mesma periferia, sem urbanização, que pode contaminar os nossos manguezais, também pode comprometer a balneabilidade das praias. Temos de ver a Baixada como um todo”, destacou o prefeito.
Ademário Oliveira destacou a sensibilidade do Governo do Estado em enviar uma equipe para inspecionar ‘in loco’ a maior periferia da Baixada Santista. “Em grande parte, a Vila Esperança é um bairro consolidado. Mas ainda tem palafitas. Com essa inspeção, estamos satisfeitos com algumas possibilidades, como o andamento do processo de regularização fundiária”.
A secretária municipal de Habitação, Andrea Maria de Castro, informou que além das 800 unidades para a Vila Esperança, estão previstas, também na primeira fase, mais 674 unidades na Vila dos Pescadores, onde continua sendo realizado o trabalho de pesquisa e cadastramento, casa a casa. “O georreferenciamento da área já foi realizado com imagens captadas com o auxílio de drones. Faremos agora a construção do banco de dados”. Ela detalhou que as informações coletadas nas visitas domiciliares servirão de base para o planejamento de políticas públicas para o núcleo. “O levantamento inclui até mesmo o número de animais de estimação em cada residência”.
A diretora municipal de Desenvolvimento Comunitário, Lucimeire de Mendonça Silva, estima que, atualmente, existam 4 mil imóveis no local onde vivem cerca de 12 mil pessoas.
Fotos: Lourival França
Link para fotos: clique AQUI ou acesse https://link.shutterfly.com/PdRjHJS6Ygb