Com material lúdico diversificado, professor desperta a atenção dos estudantes
Dedicar tempo e atenção para o que gosta, com pesquisa e trabalho, desenvolvendo e colocando à disposição ferramentas práticas para ampliar o saber no dia a dia de alunos, especialmente os que possuem deficiência intelectual. Assim pode ser descrita a rotina do professor Allysson Ribeiro, na Unidade Municipal de Educação Ulysses Guimarães, na Vila Natal. Com elementos lúdicos, ele desperta e motiva as crianças, oferecendo aulas de matemática mais atrativas para todos.
Ribeiro desenvolveu e agregou, em sua experiência profissional, inúmeras atividades voltadas a esses alunos. Para isso emprega materiais acessíveis e coloridos, batizados de manipuladores. Um deles ganhou o nome de “Palito X”, uma prancheta onde é possível organizar por encaixe várias hastes na horizontal e na vertical, possibilitando cálculos diversos.
Na verdade, este é apenas um dos mais de 30 kits utilizados para ampliar o saber e aprimorar o desenvolvimento. Atualmente, alguns desses estudantes obtiveram resultados iguais e por vezes até melhores que os demais integrantes da mesma sala. Mas o objetivo, como frisa o professor, é aprender para toda a vida.
“Tive tempo para me dedicar a essas crianças, pois estou sempre ao lado deles. Desenvolvi alguns materiais e pude perceber o que funcionava e o que não dava certo. Felizmente o desenvolvimento foi rápido e com qualidade. Dessa forma, decidimos aplicar a mesma metodologia nos demais alunos com dificuldade semelhante na matéria. Também obtivemos ótimos resultados. A maioria das pessoas tem dificuldade em ensinar matemática. E ensinar com resultados positivos para alunos com deficiência é algo raro. Mas com esforço temos alcançado excelentes resultados”, declarou o professor Ribeiro, que possui licenciatura plena em Matemática pela Unesp de São José do Rio Preto.
Para os pais, o primordial é acompanhar a evolução que as crianças apresentaram com essa atenção e os cuidados oferecidos pela escola. “O meu filho tinha dificuldade no desenvolvimento, na concentração, na fala. Devido ao estresse, não queria mais ir à escola. Mas, hoje, ele desenvolveu muito, melhorando inclusive nas notas; ganhando parabéns dos professores. E o cuidado que o professor Ribeiro tem com cada um dos alunos deve ser destacado”, elogiou Fabiana Aureliano de Matos, artesã e mãe de aluno com deficiência intelectual.
Fotos: Divulgação
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