Entre hoje e sexta-feira, de 7 a 10 de novembro, um projeto desenvolvido por três servidoras da Secretaria de Saúde de Cubatão está sendo apresentado na 17ª edição da Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças – ExpoEpi, que acontece de 7 a 10 de dezembro, em Brasília, organizado pelo Ministério da Saúde.
De autoria de Alexandra Azevedo, chefe do Serviço de Informação e Educação em Saúde, Glenda Cristina, técnica em enfermagem, e Celeide Silva, servidora que se aposentou em setembro passado, o projeto tem como título “Monitoramento Vacinal COVID-19 em Pessoas Vivendo com HIV/AIDS” e elaborado durante o Curso de Especialização em Gestão do Cuidado em Saúde, oferecido pela Secretaria de Saúde a servidores da pasta e realizado na Universidade São Judas.
Além da exposição durante o evento, Alexandra Azevedo fará uma apresentação do projeto na quinta-feira, dia 9. A apresentação para a competição será amanhã, mas independente do resultado ja é uma grande conquista ter o trabalho escolhido dentre tantos municípios do Brasil!”, conta a servidora por mensagem nesta quarta-feira (8) direto de Brasília. O secretário-adjunto, Márcio Oliveira, destaca a atuação do trio: “É um grande orgulho para a pasta a seleção do projeto pelo Ministério da Saúde. Isso prova a seriedade com que ele foi elaborado e o acerto da Secretaria de Saúde em oferecer essa formação aos servidores e servidoras”.
O EVENTO – A ExpoEpi busca difundir e divulgar práticas exitosas dos serviços de saúde do SUS que se destacaram pelos resultados alcançados em atividades relevantes para a Saúde Pública. O projeto foi selecionado como produção técnico-científica por parte de profissional do SUS que contribuiu para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde. O evento será realizado no CICB Centro Internacional de Convenções do Brasil e terá transmissão ao vivo pelo Youtube. Mais informações em http://expoepi.saude.gov.br/.
O PROJETO – O objetivo do projeto foi identificar a situação vacinal contra a covid-19 em pacientes com HIV que fazem uso de medicamentos oferecidos pela rede municipal de Saúde. Esses pacientes, por serem imunossuprimidos, formam um dos grupos de risco para a doença.
O monitoramento foi feito com 317 pacientes, entre os quais apenas 2 haviam recebido cinco doses da vacina, como prescrito para esse grupo, o equivalente a 0,63%. A maior parte do grupo, 142 pessoas, estava com quatro doses, o equivalente a 44,74%. Três doses (esquema inicial e reforço) foram tomadas por 32,49%, enquanto 15,77% receberam as duas doses do esquema inicial. Nove pessoas (2,84%) tinham apenas uma dose e 11 pacientes não possuíam registro no sistema VACIVIDA.
Os pacientes com situação vacinal incompleta receberam mensagens por meio de aplicativo para identificar as causas. Entre os 165 que responderam, 81 afirmaram que não sabiam o número total de doses que deveriam tomar; 17 responderam que não tinham tempo e 8 se negaram a tomar mais doses. Por meio das mensagens, 16 pessoas do grupo acabaram atualizando o esquema vacinal.
Nas considerações finais, a pesquisa indica a necessidade de capacitação das equipes de Saúde para o acolhimento e sensibilização desses pacientes sobre a importância do esquema completo. “Evidenciou-se que será necessário elaborar novas estratégias de abordagem e convencimento, pois os motivos reais de não adesão são, possivelmente, multifatoriais e esbarram em fatores sociais e culturais que necessitarão de articulações intersetoriais que transcendem as limitações de uma única ação ou serviço”.
Por: Alessandro Atanes/SMS
Foto: Divulgação PMC
